Segundo apurado pelo Motorsport.com, o meio-irmão de Valentino Rossi, Luca Marini, surge como o principal candidato para substituir Marc Márquez na Honda na temporada 2024 da MotoGP, com o piloto da Moto2 Fermin Aldeguer negociando a vaga que abriria na VR46.
Durante a passagem pela Malásia, o chefe da Honda, Alberto Puig, disse à DAZN que haviam três candidatos à vaga do hexacampeão para 2024: Fabio Di Giannantonio, que perderá a vaga na Gresini para Márquez, Pol Espargaró e Marini.
Com Espargaró se tirando da disputa na sexta-feira, afirmando que ficará como piloto de testes da KTM em 2024, a briga ficou entre os dois pilotos da Ducati. E segundo apurado pelo Motorsport.com, as conversas entre Gianluca Falcioni, empresário de Marini, e Puig se intensificaram a partir do sábado no paddock de Sepang, com a presença de executivos da Honda.
Na coletiva da sexta-feira, Marini respondeu com cautela sobre a abordagem da Honda: "Bem, não [conversamos] hoje, neste momento, sexta-feira". Mas o italiano não negou uma ida para a Honda, mesmo já tendo o contrato com a VR46 para 2024.
"Você tem a melhor moto, mas ir para uma equipe de fábrica e desenvolver a sua moto, conversar com os engenheiros que vão seguir uma direção - sua direção - é algo completamente diferente. Sei que meu pacote agora é fantástico e a equipe está trabalhando bem, com a Ducati sendo uma moto fantástica".
"Mas, como piloto, tenho sonhos a atingir, e pilotar para uma equipe de fábrica é algo incrível na minha opinião. Mas precisa ser o projeto correto".
Uccio Salucci, braço direito de Valentino Rossi e chefe da VR46, comentou sobre a movimentação: "Preferia que ele ficasse conosco, mas também ficaria feliz caso ele vá, porque o objetivo da Academia [a VR46] é ajudar os pilotos a chegarem às equipes de fábrica".
A decisão de Marini de ir para a Honda pode ser vista como uma surpresa, mas entende-se que o italiano vê isso como forma de sair da sombra de Rossi, mostrando que ele não é simplesmente um protegido de seu meio-irmão.
A mudança de Marini para a Honda também religaria as ligações de Rossi com a marca japonesa 20 anos após a saída da equipe pela qual conquistou seus primeiros títulos na classe-rainha.
Saída de Márquez também leva ao fim da relação Honda-Red Bull
A Red Bull patrocina da equipe Honda desde 2006, quando Nicky Hayden e Dani Pedrosa eram os pilotos. Mas a logo da marca austríaca foi aparecer na moto apenas em 2015, dois anos após a chegada de Marc Márquez.
Após a decisão de Márquez, foi apurado que a Red Bull comunicou à Honda que a parceria chegará ao fim neste ano. O acordo entre as partes não somente estipulava que o contrato poderia ser encerrado na eventualidade da montadora perder o piloto espanhol como também impede a Honda de ter outros patrocínios de bebidas energéticas até 2025.
Uma fonte da Honda confirmou ao Motorsport.com que a Red Bull cumprirá a cláusula exatamente como estipulada. Além disso, a marca austríaca deve se tornar patrocinadora da Gresini, já que possui um acordo próprio com Márquez.
Para piorar a situação da Honda, enquanto a Repsol deve continuar como patrocinadora máster por mais um ano, a marca espanhola pode encerrar seu acordo ao fim de 2024 após mais de três décadas de parceria ininterrupta.