Com a pré-temporada a menos de um mês, o mercado de pilotos da Fórmula E vai esquentando, e a quarta-feira (27) começou com duas notícias importantes. Campeão de 2021, Nyck de Vries está de volta à categoria após uma passagem complicada pela Fórmula 1, e correrá pela Mahindra, que anunciou na terça-feira (26) a saída do brasileiro Lucas di Grassi, ainda sem destino definido.
Já a Maserati confirmou Jehan Daruvala ao lado de Maximilian Günther, uma vaga que se especulava muito o nome do brasileiro Felipe Drugovich, que hoje disputa o segundo carro da Williams na F1 para 2024.
De Vries fez 10 corridas pela AlphaTauri neste ano, mas acabou sendo demitido devido à falta de resultados, sendo substituído por Daniel Ricciardo dias antes do GP da Hungria em julho. Com isso, o holandês confirma o retorno à categoria pela qual foi campeão na temporada 2020-21 com a Mercedes.
De Vries terá ao seu lado na Mahindra o suíço Edoardo Mortara, que deixa a Maserati após seis anos com a equipe monegasca, anteriormente chamada de Venturi. Os dois terão como função ajudar na reconstrução do time indiano, que teve uma temporada difícil em 2023, com apenas um pódio e a 10ª posição no Mundial de Construtores. Ambos têm acordos de múltiplas temporadas.
"É como voltar para casa de certa forma", disse De Vries com exclusividade ao Motorsport.com. "A Fórmula E é um ambiente familiar para mim, conheço várias pessoas, as equipes, os pilotos, então é legal voltar".
"Não é segredo que a Mahindra teve um início de era Gen3 difícil. Mas acho que vimos bons sinais de progresso ao longo da temporada, por mais que ele não seja sempre medido em resultados. Mas eu fiquei particularmente animado com os planos sobre o futuro, sobre as mudanças que serão feitas e as contratações que foram realizadas".
Já a vaga deixada por Mortara na Mahindra ficou para o indiano Jehan Daruvala. O piloto, que corre hoje na Fórmula 2, já tinha uma ligação com o Mundial de Carros Elétricos, atuando como reserva da Mahindra desde o final do ano passado. Recentemente, ele disputou com a equipe indiana os testes de rookies em Berlim e em Roma.
"Sempre tive vontade de estar na pista como piloto", disse Daruvala ao Motorsport.com. "Você não quer ficar de fora, quer estar no carro pilotando. A Fórmula E é bem diferente do que eu vinha fazendo no passado nas categorias juniores de fórmula, então tinha muito que aprender".
"Então estar de fora por uma temporada [como reserva] foi bom. Aprendi muito nos bastidores".
"Acho que todos me esperavam na Mahindra, porque era reserva lá, mas sempre fui um piloto que buscou o que seria melhor para mim. Meus empresários querem o meu melhor, e tivemos essa chance com a Maserati. Isso foi enorme para mim, é uma marca gigante. Há uma grande herança".
Daruvala correrá ao lado de Günther, que foi mantido para a temporada 2024, em uma vaga que já esteve muito ligada a Drugovich, após o brasileiro disputar os testes de Berlim e de Roma com a equipe no começo do ano.
Com os anúncios desta quarta-feira, restam apenas três equipes confirmarem suas duplas para a próxima temporada. A expectativa é de que essas divulgações saiam nos próximos dias, já que a pré-temporada de Valência está marcada para 23 de outubro.
Enquanto a Porsche deve confirmar a manutenção de António Félix da Costa e Pascal Wehrlein, a DS Penske e a Abt Cupra ainda mantém mistério sobre seus pilotos. Di Grassi é cotado para um retorno à Abt após anunciar nesta semana sua saída da Mahindra.