Segundo apurado pelo Motorsport.com, os chefes das equipes da Fórmula E rejeitaram o pedido de liberação de pilotos para disputarem o segundo ePrix de Berlim em um fim de semana de choque com a etapa de Spa-Francorchamps do WEC.
O choque das etapas e a proibição dos pilotos em participarem do fim de semana como um todo deve favorecer pilotos de fora da categoria, como Felipe Drugovich, que é cotado para ocupar uma das vagas da Envision, atual campeã de equipes, que pode perder seus dois pilotos, Sébastien Buemi e Robin Frijns, para o WEC.
Durante o ePrix de São Paulo, as 11 equipes participaram de uma votação eletrônica para determinar se um regulamento da FIA que impediria os pilotos de correrem em Berlim poderia ser modificado.
Essa situação se dá pelo fato das 6 Horas de Spa do WEC acontecer no sábado. Como o ePrix de Berlim é uma rodada dupla, em teoria, os pilotos poderiam disputar a prova do domingo. Sete nomes do grid atual disputam as duas categorias, e eles devem escolher qual campeonato favorecerão.
A questão da votação é que, segundo as regras da FIA, o ePrix de Berlim é considerado um evento único, mesmo tendo duas corridas. Para que a norma fosse modificada, seria necessário um resultado unânime.
"Como o ePrix de Berlim é composto por duas corridas, como determinado no Artigo 5.5, uma mudança de pilotos após o fim das checagens administrativas não é autorizada exceto por motivos de força maior e com a autorização dos comissários, segundo os Artigos 19.1 e 24.15", disse a FIA em comunicado divulgado antes da votação.
Segundo apurado pelo Motorsport.com, pelo menos uma equipe rejeitou o pedido, com sete das 11 equipes não tendo pilotos envolvidos com o WEC. Com isso, os que optarem pela etapa de Spa, ficarão de fora das duas corridas de Berlim.
A lista completa é formada pela dupla da Envision, Buemi e Frijns, a dupla da DS Penske, Jean-Éric Vergne e Stoffel Vandoorne, a dupla da Mahindra, Nyck de Vries e Edoardo Mortara e Nico Müller, da Abt Cupra.
Vergne e Vandoorne já confirmaram que sua prioridade é a Fórmula E, e Mortara também deve ficar com Berlim. Já Buemi e de Vries, da Toyota, Frijns, da BMW, e Müller, da Peugeot, devem focar no WEC.
As equipes afetadas ainda não se manifestaram. Elas têm menos de dois meses para confirmarem seus planos, com as etapas marcadas para o fim de semana de 11 e 12 de maio.