Pierre Gasly chamou a atenção ao chegar no paddock do GP de São Paulo de Fórmula 1 usando um boné de Ayrton Senna. Mesmo sendo compatriota do tetracampeão Alain Prost, o piloto francês explicou de onde surgiu a admiração pelo brasileiro, comparando as qualidades e legados de ambos, 'elegendo' seu preferido.
Essa não é a primeira vez que Gasly presta uma homenagem a Senna. No retorno da F1 à Ímola em 2020, o francês, então na AlphaTauri, correu com um capacete replicando a pintura do tricampeão, iniciando uma relação com a família de Senna.
“Tive muito orgulho da colaboração com o Instituto Ayrton Senna, quando usei o capacete em Ímola. Lá eu pude conhecer Viviane, e conseguimos angariar fundos para o Instituto. São coisas pequenas que acabam te completando, não só como piloto, mas como pessoa.
Com 27 anos de idade, Gasly nasceu três anos após a morte de Senna. Quando questionado de onde veio a adoração pelo brasileiro, falou que isso veio da família.
“Eu venho de um ambiente muito voltado para o automobilismo. Meus irmãos são de nove a 17 anos mais velhos que eu. Então eles são da geração de Senna. Eu pai assistia todos os GPs, meus irmãos também”.
“Claro, Alain Prost é uma figura enorme para todos na França. É o roteiro da maior rivalidade da história da F1. Alain é uma inspiração para todos os pilotos franceses e um ícone do esporte no mundo, especialmente na França. Mas eu amo os dois por motivos bem diferentes. São personalidades bem diferentes”.
“Mas acho os dois pilotos inspiradores para nós. Acho que Ayrton, além do piloto incrível que era, é uma questão mais de valores e de personalidade, algo que realmente me conecta a ele e que eu gosto, esse talento único dele, mas ele também era muito mais do que apenas um piloto”.
E a conexão de Gasly não se restringe a Senna, com o francês falando sobre a ligação especial que sente com o Brasil.
“Eu amo esse país, sinto que minha personalidade casa com esse tipo de lugar. As pessoas são expressivas, compartilham o que sente, são bem ativas. Eu sinto que tenho uma personalidade similar à dos brasileiros em geral. É um lugar que sempre será especial para mim, por causa do meu primeiro pódio, em 2019”.