Após o fim do acordo com a Sauber com o término da temporada 2023, a Alfa Romeo descartou a continuidade na Fórmula 1, afirmando que o foco do momento é uma entrada no Campeonato Mundial de Endurance da FIA (WEC).
A Alfa Romeo tinha um patrocínio máster com a Sauber, dando nome à equipe, mas com a marca suíça sendo comprada pela Audi para a nova era de motores da F1, a partir de 2026, o acordo foi encerrado neste ano.
A Alfa Romeo chegou a ter seu nome ligado à Haas, e confirma que negociou com o time americano, mas as conversas nunca foram longe.
Agora, o CEO da Alfa, Jean-Philippe Imparato, explicou ao Motorsport.com que, com sua companhia determinada em seguir no automobilismo, a ida ao WEC é o caminho mais provável.
Questionado sobre o porquê da situação com a Haas não ter avançado, Imparato disse: "Não estávamos interessados em fazer uma operação como a que fizemos com a Sauber. Isso nos levaria a apenas colocar nossa marca na carenagem. Não seria algo novo".
"Começamos a olhar para outras coisas, chegando à conclusão de que a Alfa Romeo não tem nada a ver com o rally. A Stellantis já tem duas marcas envolvidas na Fórmula E, então o foco mudou para o WEC, um mundo na qual a Alfa Romeo tem belas experiências passadas".
Imparato explicou que ainda não há uma decisão final sobre como seria essa entrada, com a Alfa avaliando a melhor forma de fazer isso.
"O mundo do WEC está vivendo um momento de grande interesse, e quando há muita euforia, é difícil de entender qual nível de investimento é necessário para mirar alto. Vimos em 2015 a escalada sem controle de custos da LMP1, então temos que dar um tempo para entender como tudo ficará".
"Acredito que seja correto ter uma ideia completa, saber precisamente o que estamos enfrentando antes de nos lançarmos no projeto".
Uma possibilidade seria uma ligação com a Peugeot, que também é parte do Grupo Stellantis.
"Obviamente é um cenário que avaliamos. Há marcas da Stellantis que temos um contato próximo de seus programas desportivos, como a DS e a Maserati na Fórmula E. Quando voltarmos às pistas, faremos isso com o apoio da Stellantis, e com a Peugeot já no WEC, a cooperação é possível. Talvez os projetos possam ser paralelos em outros aspectos mas, no fim, somos da mesma família".
"Mas, quero deixar claro que, no momento, não vamos confirmar nada. Faremos isso quando tivermos completado o planejamento e a avaliação do investimento".