Os comissários da Fórmula 1 detonaram a "inabilidade" da FIA de policiar corretamente os limites de pista, chamando de "completamente insatisfatório" e cobrando uma rápida solução para este problema.
O veredito dos comissários vem após uma investigação sobre os resultados do GP dos EUA iniciado pelo protesto da Haas. Caso tivesse tido sucesso, a equipe americana teria colocado Nico Hulkenberg nos pontos por levantar dúvidas sobre Alex Albon, Logan Sargeant, Sergio Pérez e Lance Stroll não terem sido penalizados por excederem os limites de pista na curva 6.
Enquanto o protesto da Haas foi descartado pelo fato dos comissários terem acesso às imagens fornecidas pela equipe como prova, sem satisfazer o critério de evidência nova "significativa e relevante", a FIA reconheceu a falha na falta de policiamento dos limites de pista.
No veredito, os comissários reconhecem a "inabilidade" da FIA em policiar de forma uniforme os padrões cobrados atualmente sobre os limites de pista. Por isso, eles recomendam o desenvolvimento rápido de uma solução para essa justificativa "completamente insatisfatória".
“Dado que, apesar do resultado formal desta decisão [da Haas], os comissários viram evidências individuais que mostram o que parecem ser possíveis violações dos limites da pista no ápice da Curva 6, eles consideram sua incapacidade de executar adequadamente impor o padrão atual para limites de pista para todos os concorrentes é completamente insatisfatório e, portanto, recomendamos fortemente a todos os envolvidos que uma solução para evitar novas recorrências deste problema generalizado seja rapidamente implementada.”
Ao que tudo indica, a câmera colocada na curva 6 do Circuito das Américas, usada em conjunto com as imagens onboard dos carros, não tinha uma imagem clara do ápice da curva. Isso vem para aumentar a crise em torno dos limites de pista neste ano. No GP da Áustria, a FIA identificou mais de 1.200 possíveis casos de excesso.
A FIA recomendou a instalação de caixas da brita para resolver o caso, mas o Red Bull Ring afirmou que não é possível fazer isso a tempo da etapa de 2024.
O caso voltou à tona no Catar, com as linhas brancas sendo pintadas de forma mais grossa em certas curvas durante a noite para dar aos pilotos mais espaço para erros como uma solução temporária, após múltiplas ofensas no TL1 e na classificação de sexta-feira.
“Se o problema for adequadamente resolvido por melhores soluções tecnológicas, modificações nas pistas, uma combinação delas, ou uma regulamentação e padrão de aplicação diferente, os administradores deixam para aqueles que estão melhor posicionados para fazer tais avaliações.
“No entanto, com base no momento desta decisão, fica claro que uma solução completa não pode, por uma questão de praticidade, acontecer este ano.
“Mas dado o número de circuitos diferentes onde surgiram problemas significativos de limites de pista nesta temporada, reconhecendo que a FIA em conjunto com os circuitos já fizeram avanços significativos, outras soluções devem ser encontradas antes do início da temporada de 2024.”
A FIA estabeleceu o Centro de Operações Remotas em Genebra (como um VAR) para acelerar a identificação de casos de violações de limites de pista e a resposta correspondente, enquanto o número de pessoas envolvidas no monitoramento também cresceu".